O Dicionário de Filosofia Moral e Política, apoiado e acolhido pelo Instituto de Filosofia da Nova (Ifilnova) da Universidade Nova de Lisboa, nasceu em 2001 de um projecto financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (POCTI/FIL/39453/2001). A intenção dos seus editores originais e investigadores responsáveis, António Marques e Diogo Pires Aurélio, consistia na construção de uma listagem explicativa dos conceitos fundamentais de ética, filosofia política e filosofia do direito, contando com a contribuição de alguns dos mais especializados investigadores dessas áreas em língua portuguesa. A ênfase científica incidiria sobre a transversalidade de cada conceito abordado às várias áreas da filosofia prática, partindo de uma perspectiva metodológica que abraça a necessidade de explorar as várias dimensões normativas de um mesmo conceito. Cada entrada incluiria então uma visão histórica das principais teorias desenvolvidas, bem como uma apresentação e discussão das perspectivas contemporâneas com maior impacto, oferecendo ao leitor, para cada conceito abordado, tanto a génese histórica da problemática como as áreas de debate mais relevantes. Uma vez completada a listagem, a divulgação em linha das entradas converter-se-ia numa publicação em papel.

Com o passar dos anos e o avolumar das entradas, cedo se percebeu, porém, que seria impossível atingir o fechamento da listagem inicial dado cada problemática exigir uma nova entrada, a qual por seu turno apresenta uma outra problemática exigindo uma nova entrada, e assim sucessivamente. O que começou por ser electrónico como divulgação provisória de um projecto de livro converteu-se então, mais adequadamente, numa publicação periódica em permanente actualização.

A organização das entradas disponíveis reflecte este contexto histórico. Um conjunto de entradas elaboradas no período entre 2002 e 2012 constitui a 1.ª série. A retoma do projecto, apoiada pelo financiamento estratégico da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (UIDB/00183/2020), deu azo a um conjunto de novas entradas, a partir de 2017, que constituem a 2.ª série, coordenada por André Santos Campos e António Marques. À luz do seu propósito de servir o interesse do público, novas entradas encontram-se em construção e serão adicionadas de maneira contínua.